terça-feira, 23 de junho de 2015

Aqui também tem Paraisópolis - Colatina


     A discussão sobre habitações irregulares e “favelização” nas áreas urbanas tem crescido na mídia nos últimos dias devido à a nova novela das sete apresentada pela rede globo. Apesar das chamadas “favelas” ,com todo o seu charme e diversidade cultural e cenário que instigam ter sido a inspiração de muitos artistas em todos os campos da arte ao longo do tempo,desde obras literárias,como os romances naturalistas de Aluísio Azevedo até as maiores produções da dramaturgia atual.Veremos através deste artigo que esta realidade não está assim tão distante de nós e que suas raízes estão diretamente ligadas a fatos históricos que até hoje influenciam o modelo das nossas cidades.

     O problema das ocupações irregulares de terrenos urbanos para moradia da população de baixa renda se repete na maioria das grandes cidades brasileiras e nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. O resultado é o crescimento desordenado e o inchaço das cidades com falta de infraestrutura para garantir as necessidades básicas do cidadão, reconhecidas por lei.Como saneamento básico, abastecimento de água, assistência médica, transporte e educação, por exemplo.

(Habitações Irregulares, disponível no site www.conciência.br/reportagens/cidades/cid05.htm, acesso em 23 de junho de 2015).

Mas o que seriam habitações irregulares?


     “Habitações irregulares são todos os assentamentos urbanos (caracterizados pelo uso e ocupação do solo) efetuados sobre áreas de propriedade de terceiros, sejam elas públicas ou privadas, bem como aqueles providos pelos legítimos proprietários das áreas sem a necessária observância dos parâmetros urbanísticos e procedimentos legais estabelecidos pelas leis de parcelamento e uso do solo”.

     Assim, a ocupação irregular do espaço urbano tem acarretado sérios problemas sociais, como já foi citado anteriormente.Uma grave consequência deste ocupamento irregular é o alto índice de violência e criminalidade, que são facilitados em certas regiões da periferia das metrópoles, onde a lei é ditada através da violência de grupos do crime organizado, devido a falta da presença do estado, e consequentemente de investimentos na segurança dessas regiões.

     Segundo pesquisa Censo 2010, feita pelo IBGE, mostra que naquele ano existiam 3,2 milhões de domicílios em "aglomerados subnormais", ocupando quase 170 mil hectares.

(Habitações Irregulares, disponível no site http://censo2010.ibge.gov.br/pt/, acesso em 23 de junho de 2015).

     Somente nas regiões Sudeste e Nordeste – que juntas concentram quase 80% dos domicílios em invasões e favelas do país (49,8% e 28,7% respectivamente) – a maioria fica em morros, com destaque para as regiões metropolitanas de São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro.

(Habitações Irregulares, disponível no site http://censo2010.ibge.gov.br/pt/ , acesso em 23 de junho de 2015).

     Em São Paulo, onde existem cerca de 2.600 comunidades, entre elas a famosa Paraisópolis. A favela, que ocupa uma área equivalente à de 97 campos de futebol, a qual já é considerada a segunda maior comunidade em solo paulistano, nasceu nos anos 20 de um loteamento de 2 200 pequenos terrenos até então conhecidos como Fazenda do Morumbi.O local permaneceu desocupado por mais de duas décadas, até ser invadido por migrantes nordestinos, atraídos pela promessa de emprego na construção civil. Em 1970, 20 000 pessoas já ocupavam o espaço irregularmente. De acordo com a urbanista Suzana Pasternak, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, a explosão demográfica em Paraisópolis acompanhou a tendência da cidade. "Em 1973, 1% dos paulistanos morava em favelas, e atualmente o índice chega a 12%", afirma. "Um morador de Paraisópolis leva em média 24 minutos de casa para o trabalho. É pouquíssimo se comparado às três horas que costumam gastar os moradores de favelas que ficam na periferia", diz o sociólogo Nelson Baltrusis, autor de duas teses sobre Paraisópolis.

(Habitações Irregulares, disponível no site http://vejasp.abril.com.br/materia/violencia-em-paraisopolis-segunda-maior-favela-da-cidade, acesso em 23 de junho de 2015).

     Entretanto essas facilidades têm um preço. A densidade populacional em Paraisópolis é alta: 1 000 habitantes por hectare, contra trinta habitantes por hectare do Morumbi. Apenas uma em cada cinco residências é abastecida de rede de esgoto, metade das ruas é de terra batida e cerca de 60% das casas utilizam "gatos" para obter energia elétrica. Fora da área onde havia os loteamentos originais, o terreno é cheio de declives e os dejetos correm a céu aberto.

(Habitações Irregulares, disponível no site http://vejasp.abril.com.br/materia/violencia-em-paraisopolis-segunda-maior-favela-da-cidade, acesso em 23 de junho de 2015).

     Para tentar solucionar estes problemas, Paraisópolis está em fase de reurbanização. De 2006 até agosto de 2008, os governos municipal, estadual e federal investiram 20 milhões de reais na construção de 56 casas, 278 apartamentos, construção de uma escadaria com 187 degraus que liga a favela à Avenida Giovanni Gronchi. Até 2010, prometem empregar outros 170 milhões de reais. A ideia é entregar 2 344 novas moradias, um posto de saúde e uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA), canalizar um córrego e inaugurar uma estação coletora de esgoto. Além disso, deve ser concluída a construção da Avenida Perimetral, planejada para desafogar o trânsito local.

(Habitações Irregulares, disponível no site http://vejasp.abril.com.br/materia/violencia-em-paraisopolis-segunda-maior-favela-da-cidade, acesso em 23 de junho de 2015).

     O processo de regularização dos terrenos, no entanto, está longe do fim. Cerca de 90% dos domicílios ainda estão irregulares, ou seja, não têm escritura nem pagam IPTU. Segundo Fontes como: Pesquisa Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis, Secretaria Municipal de Habitação e União dos Moradores de Paraisópolis. Temos os seguintes dados:

80 000 pessoas vivem nos 17 730 domicílios de Paraisópolis.
3 100 é o número de estabelecimentos comerciais, entre eles três danceterias e um cinema
90% dos 20 830 imóveis estão irregulares
55% das famílias residem no local há mais de onze anos
78% dos moradores com emprego fixo trabalham no Morumbi
614 reais mensais é a renda média familiar
54 instituições do terceiro setor atuam ali, como ONGs, escolas e hospitais.

(Habitações Irregulares, disponível no site http://vejasp.abril.com.br/materia/violencia-em-paraisopolis-segunda-maior-favela-da-cidade, acesso em 23 de junho de 2015).

     Essa realidade é o reflexo dos vários problemas sociais enfrentados não só no Brasil, mas por vários países.Onde existe grande concentração de renda na mão de poucos e onde há, historicamente, uma corrente migratória do campo para a cidade em busca de emprego e dos benefícios da vida urbana, que são herdados desde o período da revolução Industrial.

     Em Colatina, apesar de não existirem grandes comunidades como Paraisópolis, é possível notar grandes problemas urbanísticos decorrentes do relevo acidentado, e da falta de planejamento urbano que resultaram em uma grande concentração de residências nas áreas periféricas, enquanto o comércio e as áreas administrativas se localizam no centro da cidade o que acaba desencadeando diversos problemas tanto urbanísticos como a questão das habitações irregulares propriamente ditas, trânsito e degradação ambiental;quanto questões sociais, como desigualdades e falta de segurança.

     O bairro Carlos Germano Naumann, localizado a cerca de quarenta minutos do centro, é o maior bairro da cidade e é também, onde se encontram a maior concentração de habitações irregulares da cidade.Um morador deste bairro, em horário de pico ou em dias de trânsito mais intenso chega a gastar cerca de uma hora no caminho para o trabalho no centro. Este mesmo bairro, no ano de 2013 foi o mais afetado pelas fortes chuvas, que ocasionaram desmoronamentos e deslizamentos de terra, que destruíram casas inteiras e causaram grandes prejuízos materiais e imateriais que não foram recuperados e até hoje não foram resolvidos.

      A partir do modelo da cidade, a qual depende do centro, uma vez que lá estão localizados os principais setores,como o comércio e a área administrativa por exemplo, é possível destacar alguns pontos positivos e negativos resultantes dessa setorização, como um índice menor de habitações irregulares nesta área da cidade,além de proporcionar uma maior comodidade aos moradores nestes locais.Entretanto, é possível destacar sérios problemas decorrentes deste modelo, como o problema do transito local e questões como segurança, já que durante o dia esta área é extremamente movimentada devido ao comércio e setores administrativos, entretanto, durante a noite este movimento cai, tornando estes locais mais propícios à criminalidade.

      Enfim, esta enorme corrente de problemas, que estão presente em muitas cidades, desde uma das maiores cidades do mundo, como São Paulo, até uma pequena cidade do Espírito Santo, com um pouco mais de cento e onze mil habitantes, refletem a clara falta de planejamento urbano e de interesse do governo nessas regiões, que mesmo com execução de vários projetos dos governos municipais e estaduais,como as habitações de interesse social por exemplo, claramente não dão conta da demanda de moradia nos grandes centros urbanos, porque não há uma padronização e um planejamento a longo prazo das iniciativas, que ficam sujeitas a campanhas eleitoreiras e a paralisação de projetos com a mudança de mandatos dos governantes.

      Outro fator que vale a pena ser ressaltado é a falta de participação popular na construção destes locais, o que muitas vezes é o principal responsável pela falta de identidade do local e consequentemente pela falta de cuidado e interesse dos moradores em manter estes espaços, uma vez que estes não se sentem como responsáveis ou cooperadores pela construção dos mesmos.

      Assim,uma boa solução,poderia ser um maior investimento do governo,não só em âmbitos à curto prazo,como infraestrutura,saúde,educação,segurança,transporte e espaços públicos de qualidade,os quais não são meros investimentos,mas sim direito de cada cidadão,garantidos por lei através da nossa constituição.Mas também pensar em investimentos com benefícios a longo prazo,como, pesquisa, estudo e planejamento, para a criação de projetos permanentes,levando em consideração aspectos como impacto ambiental e sustentabilidade,além de uma reavaliação do plano diretor da cidade,para que de fato,através de uma lei regente, ocorra um maior planejamento do espaço urbano de nossas cidades.


FONTES:

(Habitações Irregulares, disponível no site www.conciência.br/reportagens/cidades/cid05.htm, acesso em 23 de junho de 2015).

(Habitações Irregulares, disponível no site http://censo2010.ibge.gov.br/pt/, acesso em 23 de junho de 2015).

(Habitações Irregulares, disponível no site http://vejasp.abril.com.br/materia/violencia-em-paraisopolis-segunda-maior-favela-da-cidade, acesso em 23 de junho de 2015).



Grupo:
Milena Dalmazio
Raquel Dietrich
Patricia Favarato
Diegho




Ocupações ilegais no município de Colatina


     Com o crescimento da cidade de Colatina e ampliação da mesma, passou-se a ter uma ênfase na parte de parcelamento de solo urbano (loteamentos), com a cidade tendo uma expansão populacional maior, empresários e empresas de construções e donos de terras, começaram a criar novos loteamentos para atender esta demanda. Mas Colatina em sua maior parte é composta por morros e lugares elevados com inclinações superiores ou iguais a 35%. Este crescimento, não está apenas ligado a setores privados, os setores públicos também entraram nessa fase para atender a população carente, criando assim os loteamentos sociais que em conjunto com o governo, o cidadão tem direito de comprar uma casa e paga-la com um prazo maior e juros menores.


                            


     O solo com o tempo ele se desgasta e quase em todos os loteamentos, os lotes perto das encostas são mais baratos e maiores, só que a pessoa acaba se esquecendo que com o dinheiro que ela deixa de gastas em um lote plano ela gasta fazendo a estrutura da casa, pois toda a obra de estrutural tem um valor alto. E com essas estruturas acaba se tendo um desgaste do solo, muitas vezes causados por maquinas ou ate a ação humana e não se tem a preocupação de fazer com que ele volte a ter a mesma estrutura ou criar artifícios para mantê-lo firme.


                             



     Em uma reportagem retratando o medo dos habitantes de Colatina e duas outras reportagens feitas para mostrar que algo está sendo feito a respeito deixando assim a população menos preocupada. 

     Não foi possível evitar os desmoronamentos causados pela chuva que ocorreu em 2013, pelo fato de ser uma cidade antiga, e na época não se tinha preocupações com os desastres naturais, o modo de se construir e aonde seriam construídos, a cidade cresceu e com ela veio os problemas de qualquer outra cidade com um desenvolvimento maior. Passou-se então a fiscalizar e criar planos e leis para que não houvesse mais este tipo de crescimento desordenado na cidade, só que as construções antigas e consideradas ilegais, após serem feitas as leis não foram interditadas ou apenas fiscalizadas para que se pudesse ter uma noção do problema e áreas onde não poderia ter aquela construção. Colatina é uma cidade onde se compõe principalmente por morros, muita destas casas estão em encostas e ate mesmo muito perto das mesmas. Muitos não possuíam conhecimento suficiente para saber que um dia a casa ou a encosta poderiam ceder, os que tinham um pouco mais de verba contrataram profissionais, para que fizessem o projeto de suas casas deixando-a com um pouco menos de risco do que os outros, que apenas fizeram com força de vontade de possuir sua moradia própria. Passou-se a ter muito mais casas sobre o local, mais casas mais peso, e um fator agravante além do crescimento desordenado dessas casas, passou-se a ter um desmatamento maior para fazer as construções, e estruturas feitas apenas para manter a casa de pé. Com este desmatamento e crescimento desordenado o local onde se tem as construções passou a ter um risco maior, nesse tempo o solo estava menos mexido, as chuvas vinham e não afetavam tão bruscamente o solo, pois ainda sim havia pouco tempo que se tinha feito as construções e o solo ainda firma, mas o tempo e chuva e movimentações de terras fez com que o solo ficasse fraco e sem nada para que pudesse dar um apoio ao mesmo.


                                       


     Com uma forte chuva que ocorreu no ano de 2013, esse problema se agravou, pois ocorreu um desgaste ainda maior, colocando alguns pontos das cidades em risco. Riscos estes causados pela falta de fiscalização e estudos para que não houvesse ocorrência sobre este tipo de problema, mas com os problemas são criadas as soluções. Só que ainda sim acontecem alguns erros nas novas áreas que estão sendo parceladas e construídas, algumas destas áreas foram aprovados com projetos seguindo as leis e as diretrizes impostas, mas algunsapós aprovar esses projetos aproveitam e vendem um lote perto de uma área que possui uma inclinação acentuada e com um risco maior.



REFERÊNCIAS


População de Colatina ainda espera obras emergenciais da chuva de 2013.

http://seculodiario.com.br/22530/8/populacao-de-colatina-ainda-espera-obras-emergenciais-da-chuva-de-2013

Obras de contenção de encostas na rua Fioravante Rossi, em Colatina/ES.

http://reporterpaulomaciel.blogspot.com.br/2015/04/obras-de-contencao-de-encostas-na-rua.html

Obras de reconstrução acontecem em sete bairros de Colatina.

http://www.colatina.es.gov.br/noticias/mostrar_noticia.php?area=gabin&materia=2420


Grupo:
Gabriell Locatelli Vieira
Marlon Marques De Oliveira
Mylena Alves Dos Santos
Ana Luiza Romano
Rodrigo Seidel


Consequências negativas da urbanização acelerada

OCUPAÇÃO INDEVIDA

     Com a revolução industrial houve um crescimento acelerado e desordenado, as cidades não estavam preparadas para receber essa grande massa de pessoas. Os centros urbanos, principalmente, foram sendo ocupados de maneira rápida e sem planejamento fazendo com que essas regiões muitas vezes fossem mais valorizadas do que as regiões periféricas, como aconteceu em Colatina.

     O valor da terra, nos centros urbanos, é mais alto, portanto a população de classe mais baixa não tem condições de se instalar nessas regiões e são “obrigadas” a se alojarem em morros que muitas vezes não suportam as estruturas que ali são fixadas. Inicia-se, então, o processo de favelização. São instaladas casas, não necessariamente em estado ruim, em morros que são instáveis. 

    Com a ocorrência de muita chuva na região esses morros deslizam, levando consigo casas e pessoas. Isso ocorreu em Colatina, na época de muita chuva no final do ano de 2013 e início de 2014.

    Segundo o G1 ES: “De acordo com a Defesa Civil, há registros de deslizamentos de terra nos bairros Bela Vista, São Diego e Córrego do Ouro.”. O Facebook Colatina Hoje também mostrou a situação da cidade após a forte chuva em dezembro “(...) situação atual do local da tragédia do bairro São Marcos na véspera de Natal. O muro de contenção da rua Alfredo Chaves desmoronou e parte da rua deslizou, atingindo quatro casas e deixando vítimas fatais.”


                                       


     Na cidade, além dos espaços nos centros serem muito caros, a tipologia do relevo sendo um vale ajudou muito. Existem muitos bairros que estão fixados em lugares que supostamente deveriam ser proibidos, pois excedem o limite legal de inclinação. “O parcelamento em encostas não é permitido em terrenos com declividade igual ou superiora 30%, salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes; em terrenos onde as condições geológicas desaconselhem a edificação; em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua correção” (Lei n.º 6.766/79modificada pela Lei n.º 9.785/99).

     O grande problema de Colatina também é o descaso, essas regiões mais elevadas e distanciadas do centro acabam ficando um pouco esquecidas para as autoridades, portanto não há uma educação, um conhecimento das pessoas que ali vivem sobre os perigos que elas estão se submetendo.


                                        


      Os deslizamentos de 2013/14 mostraram o quanto as autoridades não estão preparadas para lidar com esse tipo de fenômeno. Até hoje é possível ver os rastros das destruições, aonde não foram tomadas nenhuma iniciativa, nem mesmo tirar as pessoas das regiões de risco. Ou seja, se ocorrer chuvas na mesma intensidade do que em 2013, outros vários morros iriam deslizar levando mais casas e pessoas.

     O que poderia ser feito para melhorar a situação atual é ou tirar as pessoas das encostas ou uma reeducação da população dessas regiões. O despovoamento seria a solução mais rápida. Tirar essas pessoas dos morros é algo fácil, mas aonde colocá-las? Na cidade de Colatina é inviável. A reeducação das pessoas é mais demorada, porém é um processo que vai auxiliar na solução de alguns problemas atuais e futuros. Como diz no Manual de Ocupação dos Morros da região metropolitana do Recife :“(...) Intervir para a melhoria dos morros significa ir além da realização de obras para reduzir o risco e evitar mortes e perdas materiais. Significa requalificar esses espaços para a melhoria da vida de seus ocupantes, seguindo diretrizes de tratamento, reordenamento de áreas já ocupadas e de ocupação de novos terrenos nos próprios morros, de modo que a ocupação se faça ordenada e segura, adequada às peculiaridades geológico-geotécnicas, topográficas e hidrológicas do terreno, e atendendo às expectativas de seus moradores.”

      Nessa postagem via Facebook Sdds Colatina mostra o quanto os moradores não têm muita escolha e tem que abandonar suas casas. “Acaba de cair um barranco no Carlos Germano, a situação é complicada no bairro. A pista está interditada no final do bairro Carlos Germano. A estrada está quase tomada pela terra. Tem um prédio que está correndo risco de desabar. A polícia solicitou a presença do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil para avaliar melhor a situação e confirmar o perigo, e assim, se a estrada deve continuar interditada.Os moradores não estão querendo deixar suas casas antes de levar seus bens, o que dificulta o trabalho dos bombeiros e põe em risco a vida da população.”



                                    


     Portanto, o que seria mais viável a se fazer para solucionar os problemas dos morros seria utilizar a participação popular e promover uma reeducação sobre os perigos dessas encostas. Como diz o Manual de Ocupação dos Morros da região metropolitana do Recife: “Uma estratégia global, que pode alcançar efeitos estruturadores, é ampliar a participação da população nos processos decisórios da formulação, implementação e avaliação da política urbana para os morros, possibilitando aos seus moradores serem agentes e beneficiários de intervenções”


REFERÊNCIAS


Fotos de Colatina disponível em: https://www.facebook.com/SddsColatina acesso em 09 de junho de 2015. 

Fotos de Colatina disponível em: https://pt-pt.facebook.com/colatinahojeacesso em 09 de junho de 2015. 

Deslizamento em Colatina. Disponível em: http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2015/03/forte-chuva-alaga-ruas-e-causa-deslizamentos-em-colatina-es.htmlacesso em 09 de junho de 2015.



Grupo:
Bárbara Linhalis Boschetti
Bruna da Silva Cavazzoni
João Vitor Guerra
Tamiris Fernandes



Habitação de interesse social

     O presente trabalho se define por uma forma de ampliar os conhecimentos relacionados à Habitação de Interesse Social no Brasil, apresentando como exemplo o Bairro São Miguel, localizado na cidade de Colatina-ES. O nosso objetivo é expor o déficit habitacional em busca daquilo que deu forma, evitando o entendimento de que o aumento de estoque de unidades de habitação, como o proposto pelo programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, seja a solução à crise habitacional brasileira.
     Quando olhamos hoje para as grandes cidades brasileiras nos deparamos com uma paisagem que abriga diversos modos de morar, explicitando desde condições econômicas privilegiadas até as mais miseráveis. Por um lado, o privilégio pelas estruturas formais, por outro a pobreza localizada nas ocupações informais.
     O método adotado para a coleta de materiais foi através da entrevista feita com Luciana Schaeffer Professora da Universidade Unesc, formada em Mestrado de Geografia Urbana. Nessa entrevista vamos relatar as criticas relacionadas as condições de moradias, mobilidade urbana, a ausência do poder público em relação assistência nesses bairros ligada a educação, saúde, vias de acesso entre outros. Outra forma de coleta de dados foi uma pesquisa pela internet. Os resultados encontrados indicam que os moradores desses conjuntos habitacionais analisados tem necessidades e expectativas que estas tipologias de moradias ainda não são capazes de alcançar e se os arquitetos e construtores tiverem uma maior preocupação com a forma adequada de ocupação desses espaços, é possível sim executar moradias que levem em conta o lado humano de apropriação, mas como o Brasil ainda tem dificuldades no âmbito do planejamento habitacional, este resultado é mais difícil de se conquistar.



Grupo:
Angelica Rodrigues
Brenda Denardi
Dhouglas Mhacks Pereira
Leonardo Lizardo

O Descaso e os projetos de Colatina para o meio ambiente urbano


INTRODUÇÃO





Esse trabalho tem o objetivo de mostra como é o cuidado do meio ambiente no
meio urbano da cidade de Colatina – ES, fala dos assuntos de preservação e
recuperação de áreas verdes e matas ciliares, seus pontos positivos e
negativos que eles trazem para a cidade de Colatina – ES e os projetos que
estão sendo feitos para melhorar a situação na cidade.


O descaso e os projetos do Colatina para o meio ambiente urbano


     Na atualidade mais do que nunca temos a certeza da importância da natureza para o bem estar de todos. Em grandes centros urbanos como o de São Paulo, a falta de cuidado com o meio ambiente já é sentido de maneira forte seja pelas enchentes constantes ou pela falta de água que afetou gravemente essa região no começo de 2015. Em Colatina - ES o cenário esta começando a piorar, por mais que a cidade não seja grande já começamos a sentir o efeito dos descuidos com o meio ambiente. Na cidade alguns projetos estão em ‘ação’ para recuperação e preservação do meio ambiente. 

     Colatina possui atualmente 1.466.392 m² de áreas verdes, espaços que melhoram consideravelmente a qualidade do ar, diminuem a temperatura em áreas construídas e são habitat para as plantas e animais silvestres. Além disso, muitas oferecem espaços de lazer para a comunidade.(Disponível 
em:<http://www.colatina.es.gov.br/> acesso em 23 de junho de 2015.)

Pensando nesse bem estar, a Prefeitura Municipal de Colatina, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural, vem desenvolvendo um projeto de planejamento, diagnóstico, recuperação e preservação dessas áreas no município. As primeiras ações já começaram, o projeto e a identificação das áreas já foi feito e nos próximos meses devem começar as ações de campo. O trabalho será realizado em conjunto com a equipe de Educação Ambiental do Sanear, Secretaria de Educação, Secretaria de Desenvolvimento Urbano, alunos do IFES Colatina, defensores ecológicos e alunos de escolas próximas as áreas verdes detectadas.Junior.(Disponível em <http://www.colatina.es.gov.br/noticias/mostrar_noticia.php?area=desru&materia=1310> acesso em 23 de junho de 2015.)

 “Através desse grupo já definido, vamos identificar essas áreas em campo e fazer um diagnóstico de cada uma. Com o resultado é que vamos definir quais ações a serem aplicadas em cada local”, afirma o engenheiro florestal da Secretaria de Desenvolvimento Rural, José Carlos Loss Junior.(Disponível em:<http://www.colatina.es.gov.br/noticias/mostrar_noticia.php?area=desru&materia=1310>)

     Porem a realidade não é exatamente essa, projetos como esse tem o andamento lento ou inexistente na cidade, poucas áreas verdes são realmente “preservadas” pela prefeitura e algumas oportunidades de melhoria dos cuidados com o meio ambientes estão sendo ignoradas, por exemplo, o enrocamento da avenida “Beira rio” que proporcionou um grande espaço para a criação de uma ótima área para o uso público e uma possível bela área verde para a cidade, mas o descaso com o local é notável e o projeto vem caminhando lentamente sendo que já se passaram anos e mais anos das propostas e nada ainda está concluído.


                               
No mesmo local, no enroscamento da avenida beira rio, também é possível ver o já antigo descaso com a mata ciliar do rio doce, que vem causando seu assoreamento há anos.


              


      Há um projeto ativo organizado pelo fotógrafo Sebastião Salgado e o seu Instituto Terra, situado em Aimorés - MG, quem vem trabalhando na recuperação da mata ciliar e principalmente de nascentes de rios pequenos e afluente ao Rio doce em Colatina -ES, o programa é chamado de Olhos d’água.

     Todas as 50 nascentes localizadas na micro bacia dos rios São João Grande e São João Pequeno, no distrito de Itapina, no município de Colatina (ES), hoje estão protegidas e em processo de recuperação. O trabalho foi realizado nos últimos três anos pelo Instituto Terra, a partir de convênio firmado com o Sindicer - Sindicato das Indústrias de Olaria da Região Centro Norte do Estado do Espírito Santo, por meio do Ministério Público do Estado do Espírito Santo, e com a parceria do Instituto Federal do Espírito Santo - IFES Itapina.
(Disponível em:<http://www.sanear.es.gov.br/noticias/view/id/257/olhos-dagua-recupera-mais-50-nascentes-em-colatina.html>)

Para o Instituto Terra, é possível reverter o quadro de degradação ambiental que hoje domina o Rio Doce. Para isso, investe todo o conhecimento adquirido na recuperação florestal e nas fontes de água. As ações de recuperação de nascentes realizadas em Itapina fazem parte do programa Olhos D’Água, desenvolvido desde 2010 e que tem como objetivo maior a proteção de todas as nascentes da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, estimadas em cerca de 375 mil.
Para a recuperação das áreas de mata ciliar no entorno das 50 nascentes, o Instituto Terra forneceu 30 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, produzidas em seu viveiro localizado na RPPN Fazenda Bulcão, em Aimorés (MG). O projeto realizado em Itapina beneficiou diretamente 29 propriedades rurais, que são as pequenas unidades produtivas onde estão localizadas as 50 nascentes e que estavam em diferentes estágios de degradação quando do início do projeto.
     Conforme prevê a metodologia do programa Olhos D’Água, os 29 produtores que aderiram à iniciativa participaram ativamente da execução do processo de proteção, recebendo assistência técnica e todos os insumos necessários para cercar as nascentes e realizar o plantio de mudas nativas no entorno das mesmas. Além disso, técnicos do Instituto Terra realizaram um estudo georreferenciado sobre as condições ambientais de cada unidade rural atendida. (Disponível em:<http://www.sanear.es.gov.br/noticias/view/id/257/olhos-dagua-recupera-mais-50-nascentes-em-colatina.html>)

     O que se espera e o que pode ser feito desse projeto, é que ele se amplie depois do sucesso em recuperar mais de 50 nascentes, e possa vir para o centro urbano da cidade com ações para salvar também a mata ciliar de todo o rio doce e salvá-lo de seu extremo assoreamento.

VÍDEO SOBRE O OLHOS D'ÁGUA

REFERÊNCIAS

http://www.sanear.es.gov.br/noticias/view/id/257/olhos-dagua-recupera-mais-50-nascentes-em-colatina.html

http://www.colatina.es.gov.br/noticias/mostrar_noticia.php?area=desru&materia=1310

http://www.colatina.es.gov.br




Grupo:
José Felipe A. Guimarães
Sandy Piske
Giulie Loose
João Pedro Oliveira



O Iate clube de Colatina e a preservação do patrimônio


INTRODUÇÃO

Este artigo objetiva ponderar sobre a situação do Iate Clube tentando encontrar soluções para revitalizá-lo

Tentaremos entrar em contato com a prefeitura e a câmara de Colatina para descobrir o que está sendo planejado para resolver este problema. Falaremos com habitantes de Colatina para conhecer a opinião pública. Também pesquisaremos reportagens que tragam informações sobre o que aconteceu até o momento do início deste trabalho a respeito do Iate.

Assim descobriremos a importância desta obra para a cidade de Colatina e seus habitantes e aprenderemos a analisar criticamente as situações que se apresentam na região onde vivemos.

1 A IMPORTÂNCIA DO IATE CLUBE

O Iate Clube de Colatina foi criado em 1959. Projetado pelo arquiteto capixaba Marcelo Vivácqua traz linhas curvas características do estilo modernista brasileiro.

Local de eventos políticos e sociais, nele foram realizados bailes temáticos de carnaval e Halloween festas de debutantes e casamentos, além de ter recebido políticos importantes como Tancredo Neves (TARDIN, 2013).

Quando a população colatinense tomou conhecimento da demolição houve consternação.Denúncia levou a prefeitura a embargar a destruição e um abaixo-assinado foi criado para respaldar a preservação do patrimônio.

Localizado em ponto de grande transição, próximo à ponte Fiorentino Ávidos e à Estação Rodoviária, pessoas de vários municípios passam à sua frente e nem sabem que atrás dos muros existe tal marco histórico-cultural.




2 ESTADO ATUAL

O Iate Clube de Colatina foi parcialmente demolido em 2010 por um grupo de associados na tentativa de vender o valioso terreno no centro da cidade. Duas das oito pétalas que formam a cúpula no estilo modernista foram destruídas.
Tal caso ocorreu, pois foi feito um acordo entre a Prefeitura e os sócios há anos atrás, onde o terreno foi doado para os sócios, a fim de manter a obra para uso público( SIM NOTÍCIAS, 2014).

A demolição foi embargada pela prefeitura e a questão foi parar na Justiça, os sócios justificam a demolição dizendo que iriam construir no lugar outra obra para o público, mas a Prefeitura diz que é apenas um ‘’pretexto’’ para justificar o feito, pois a intenção era a construção de um hotel luxuoso no local.
O prefeito alerta ainda que toda obra, de construção ou demolição, deve passar por análise e aprovação da prefeitura. Especialmente a demolição de construções antigas que fazem parte do patrimônio histórico, arquitetônico e paisagístico, cujo valor real não se restringe ao seu valor econômico.
O ato dos sócios causou grande revolta nos moradores de Colatina que tinham o Iate Clube como uma referência na história do município, pois sediou grandes acontecimentos.
O vereador Sergio Meneguelli, que na época da demolição era Presidente da Câmara de Vereadores, elaborou um projeto de tombamento do imóvel. Segundo ele, o projeto de lei, número 62/2010, está em análise no Conselho Municipal de Cultura.

No dia 27 de Janeiro de 2014, a Justiça determinou que a posse do Iate Clube de Colatina, deve permanecer com a Prefeitura Municipal. A Justiça anulou a doação dos terrenos feita pela prefeitura ao Clube, mas os sócios ainda recorrem.
Segundo o Secretário de Obras do município, João Goldner, com o parecer favorável, a Prefeitura pretende em um primeiro momento reformar toda a parte estrutural do prédio. Segundo avaliação de engenheiros do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) em 2011, o Iate Clube teve 35% da sua estrutura original derrubada.
O engenheiroe inspetor do CREA em Colatina, Francisco Hermesque fez toda a avaliação do local, disse: "O que chama atenção no Iate é a casca de concreto, aparentemente, uma obra sem vigas e colunas, difícil para época que não tinha computador para projetar. É um marco da arquitetura, uma obra extremamente ousada”.
O secretário de obras afirmou: “Uma das preocupações é preservar características originais do Iate, e nessa primeira reforma, vamos tentar reaver toda a arquitetura criada na década de 50 quando o clube foi erguido”, afirma Goldner.
O município vem tentando preservar a área e homens da Secretaria de Obras realizam a constante limpeza no local, para evitar principalmente a acumulação de água e possíveis focos de mosquito da dengue.


3 PROPOSIÇÕES


O Iate Clube é um marco da Arquitetura em Colatina, por ter traços modernistas e pela sua utilização para o uso público, uma moradora deu seu depoimento:

‘’ Minha avó participou de várias festas no Iate, minha mãe também, eu usufrui desta área e agora minha filha não pôde ao menos ver essa estrutura belíssima que enfeitava o centro da cidade, eu passo de ônibus quase todos os dias na frente do Iate e quando me deparo com isso que fizeram sinto uma grande tristeza em meu coração’’- Aparecida Rodrigues.

A prefeitura diz que ainda não há recursos para começar a reforma da parte demolida do Iate Clube e alega que estão tomando todas as providências para preservar a área.

Porém ao visitar a área nos deparamos com lixo e entulhos, e o que antes era utilizado para o bem cultural e eventos, hoje é reduto de uso de drogas, pois foi quebrado o cadeado do local.A cada dia a identidade desse grande marco em Colatina se perde.

É necessário que haja uma limpeza do local e estudos para reformar o que não foi demolido e a construção de anexos onde foi demolido, o Iate voltaria para o bem público, preservando todo o patrimônio que ainda resta.

A Secretária de Cultura de Colatina deveria unir-se à SECULT-ES(Secretaria de Estado da Cultura)para tombar o Iate como patrimônio histórico o que evitaria novas demolições, obras assim devem ser preservadas, pois servem como identidade cultural da região e dos moradores, o tombamento é de extrema importância para que casos como este não voltem a acontecer, já que o bem tombado não pode ser destruído, demolido, mutilado, desmontado ou abandonado pelos proprietários ou poder público.

Na parte destruída do Iate clube poder-se-ia implantar uma espécie de cúpula em vidro ou até reconstruir a parte destruída com as características originais do Iate, e assim efetuar uma reforma em todo clube o trazendo de volta à vida.
Visto situar-se em local de grande transição de pessoas, poderiam ser organizadas exposições de arte, corais trazendo vida ao local e criando um lazer para crianças e adolescentes da região.

CONCLUSÃO

O Iate clube não deve ser demolido em hipótese alguma, o clube é uma referência da cidade, as festas e acontecimentos que ocorreram ali estão na memória e na vida dos habitantes de tal forma que querem manter essas lembranças vivas.
Qualquer outra construção no local, por mais que favorecesse os habitantes não iam suprir a ligação emocional dos habitantes com esta que é obra de um dos maiores arquitetos modernistas do Espírito Santo.

É história, memória, patrimônio e deve ser preservado.


REFERÊNCIAS


Abaixo Assinado Iate Clube – Sobre o movimento. Disponível em: <http://www.colatina.es.gov.br/iateclube/sobre.php>. Acesso em: 01 jun. 2015.

Demolição de prédio histórico surpreende moradores de Colatina. Disponível em: http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/10/677268-demolicao+de+predio+historico+surpreende+moradores+de+colatina.html. Acesso em: 05 jun. 2015.

Iate Clube de Colatina: Justiça dá decisão favorável ao município. Disponível em: <http://simnoticias.com.br/site/index.php/municipios/item/9964-iate-clube-de-colatina-justica-da-decisao-favoravel-ao-municipio/9964-iate-clube-de-colatina-justica-da-decisao-favoravel-ao-municipio>. Acesso em: 01 jun. 2015.


Iate Clube de Colatina recebeu políticos, artistas e grandes orquestras. Disponível em:< http://liseis-seisdias.blogspot.com.br/2013/01/iate-clube-de-colatina-recebeu.html>. Acesso em: 01 jun. 2015.




Grupo
Elaine Vieira
Paullyane Alves
Rubia Locatelli
Tatiany Jejesky


segunda-feira, 22 de junho de 2015

Mobilidade em Colatina, ES


          No dia 02/08/2013 foi realizado na câmara de Colatina um seminário com a proposta de novas ideias para o desenvolvimento do plano de mobilidade urbana, seguindo os conceitos do PlanMob, que é obrigatório para as cidades com mais de 500 mil habitantes, fundamental para as com mais de 100 mil habitantes e importantíssimo para todos os municípios brasileiros, orientando no processo de elaboração dos Planos diretores de transporte e da mobilidade (Disponível em: < http://www.mobilize.org.br/estudos/79/planmob--construindo-a-cidade-sustentavel.html>).Mas, mesmo utilizando seus conceitos, o PlanMob não está presente no plano diretor de Colatina, sendo que ela possui aproximadamente 111.000 habitantes. (Disponível em: < http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=320150>)

          O prefeito Leonardo Deptulski debate sobre a construção da futura terceira ponte, que está sendo estudada e analisada para ser construída no melhor lugar possível (Disponível em < www.colatina.es.gov.br/noticias/mostrar_noticia.php?area=trans&materia=1041>). Consequentemente, a ponte trará pontos tanto positivos quando negativos ao nosso ver, e um exemplo está na segunda ponte, que provocou um trânsito mais homogêneo , sem carretas e caminhões passando por áreas residenciais e comerciais e um menor desgaste da primeira ponte. Porém, poucas pessoas optam por utiliza-la pelo fato de sua localização ser longe para a maioria. Uma terceira ponte ia disponibilizar um acesso e trânsito melhorado para população, mas como traz o exemplo da segunda ponte, vai depender muito da localização. No entanto, mesmo com essa grande mudança, Colatina ainda não possui um incentivo para a utilização de transportes verdes ou públicos para a substituição do veículo particular. A quantidade de carros e motos pela cidade, principalmente estacionados, é gigantesca, alguns veículos chegam até a ocupar a calçada dos pedestres. Porém, o cidadão apenas irá deixar seu veículo se a cidade der propostas a ele. Uma sugestão seria a construção de vários edifícios de estacionamentos tarifados, distribuídos pelo centro da cidade, e a utilização do espaço que os veículos ocupavam na rua para a utilização de ciclovias e estacionamento de bicicletas. Uma para os utilizadores de transporte público estaria em táxis coletivos com menor tarifa, e também na melhoria dos ônibus, tanto em seu conforto quanto em sua disponibilidade, principalmente em horários de pico. Tal mudança iria provocar menor utilização do transporte individual, e maior benefício ao ciclista e ao utilizador de transporte público.


                               

          Colatina mesmo possuindo somente uma via em sua maioria, ainda possui muitas opções de melhorias. Nos bairros que ainda estão surgindo, é importante que as mudanças comecem desde cedo. Um exemplo inspirador tanto para conforto ambiental quanto para acesso dos lugares por bicicleta ou a pé nas áreas residenciais são as ruas que ligam praças a as extremidades e vias dos bairros, e que segue em direção aos parques verdes sem a presença de automóveis, na Mata da Praia, em Vitória. São passagens arborizadas e bem cuidadas, que proporcionam lazer para a população.





          Outro fator é a total centralidade da cidade, ou seja, a área comercial de maior estrutura concentrada em um único centro, provocando uma necessidade aos moradores de outros bairros à locomoção para o mesmo, causando o gasto de tempo e dinheiro, por na maioria das vezes precisarem utilizar o ônibus público mais de uma vez. É um grande desafio para o poder público a descentralização, pois é no centro que se localizam a maioria dos empregos. Então, o que deve ser mudado não são as pessoas, e sim a localização estratégica das empresas. A cidade de São Paulo, por exemplo, vem incentivando a ocupação do centro antigo com vistas à revitalização da região e utilização da infraestrutura urbana e de transporte já instalada (Disponível em: <http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/17828>). O essencial não seria provocar total descentralização em Colatina, mas sim equilibrar uma quantidade mesmo que pequena de empregos e comércio nos bairros com maior distância até o centro, melhorando a qualidade do local de moradia das pessoas. 

         Mais um recurso muito importante: acessibilidade. A cidade praticamente não possui áreas acessíveis, há postes no meio de faixas de sinalização, impedindo uma locomoção segura dos deficientes, além das ruas sem condições adequadas. Diversas calçadas estão em estados críticos tanto para portadores de deficiência quanto para pedestres ou ciclistas. Se não está ocupada por automóveis, está em condições caóticas, fazendo com que na maioria das vezes não se possua opções, a não ser utilizar a via de carro.



           Colatina ainda necessita de muitas mudanças para a melhoria da sua mobilidade, por isso o governo precisa focar em todos os aspectos, começando as mudanças em bairros já existentes e elaborando um planejamento para os futuros. Conclusão: o PlanMob deve ser devidamente elaborado e urgentemente colocado no plano diretor de Colatina. Todo projeto deve ser de qualidade para uma durabilidade maior, além de atender a todos os requisitos que faltam na cidade.

       Já em Santa Teresa, uma pequena cidade colonizada por imigrantes italianos, concentra um grande número de turista anualmente devido à suas festas, se encontra em uma situação caótica nestas épocas, devido ao trânsito. Suas pequenas e estreitas ruas não estão mais suportando o grande número de veículos que passam pelo centro da cidade. Isso levou o Prefeito Claumir Zamprogno, a mais ou menos um mês, tomar uma decisão que pra ele iria melhorar o trânsito, porém a maioria da população não concordou com a ideia. Ele pretendia derrubar um casarão centenário para a construção de uma ponte, e muita gente reprovou a ideia, pois não foi feito um estudo das consequências que a construção poderia causar. Com a demolição da casa a estrutura das demais seria abalada, o tráfego de veículos iria aumentar, sem contar que iriam destruir um pedaço da história do município, um patrimônio da cidade. (Disponível em: <g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2015/06/casarao-historico-vai-dar-lugar-ponte-em-santa-teresa-no-es.html>) 




          No dia 10 de junho ocorreu um manifesto à demolição do casarão. Marcos Leão defende que os imóveis do município devem ser tombados pelo Patrimônio Histórico. “Sem o tombamento, não há como ter controle. Somos contra a demolição do casarão, pois a passagem de caminhões pesados vai danificar ainda mais a estrutura dos prédios localizados próximos ao local. Um deles é feito de estuque”, disse ele (Disponível em <g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2015/06/moradores-dao-abraco-simbolico-em-casarao-que-vai-ser-derrubado-no-es.html>). Mas, mesmo assim o Prefeito mantém a decisão, e quer entregar a ponte no dia 10 de dezembro desse ano (2015).

          Conclusão: Toda cidade proporciona diferentes problemas de mobilidade, cada uma precisando de ser estudada e analisada para melhor resolução dos problemas tratados. Tanto Colatina com suas ruas servindo de estacionamento para milhares de carros como Santa Teresa trocando o patrimônio histórico para melhor circulação de carretas, possuem soluções. Os soluções não devem ser elaboradas apenas para os automóveis, e sim principalmente para as pessoas em todos os modos, tanto para ciclistas, transportes públicos ou caminhantes. 



REFERÊNCIAS

Mobilize, disponível em: <http://www.mobilize.org.br/estudos/79/planmob--construindo-a-cidade-sustentavel.html>

Portal IBGE, disponível em: < http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=320150>

Colatina Gov. , disponível em: <www.colatina.es.gov.br/noticias/mostrar_noticia.php?area=trans&materia=1041>

Nossa São Paulo, disnponível em: <http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/17828>

Portal G1, disponível em: <g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2015/06/casarao-historico-vai-dar-lugar-ponte-em-santa-teresa-no-es.html>

Portal G1, disponível em: <g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2015/06/moradores-dao-abraco-simbolico-em-casarao-que-vai-ser-derrubado-no-es.html>




Grupo:

Georgia Spelta Dalla Bernardina

Ruth Bergamaschi

Patrícia Perini



Caminhabilidade em Colatina - ES: Irregularidades e possíveis intervenções

INTRODUÇÃO

A questão “caminhabilidade”, na maioria das cidades brasileiras é alvo de discussão, pois pelo descuido e falta de atenção, ela acaba por apresentar um elevado índice de complicações e irregularidades. Não é difícil encontrar calçadas estreitas e que não atendam a demanda e a diferença de pedestres que passam por elas diariamente, ou que não respeitem as medidas mínimas apresentadas pelas normas brasileiras. Em Colatina, uma cidade localizada no noroeste do estado do Espírito Santo, as calçadas danificadas, ou até mesmo inexistentes, dificultam a caminhabilidade por toda a cidade. Desta forma, o presente artigo visa demonstrar à população de Colatina - Espírito Santo, a qualidade (boa ou ruim) de suas calçadas, analisando-as segundo as normas de acessibilidade, e questionando possíveis ajustes para que se possa alcançar a melhoria da caminhabilidade na cidade.

1 CAMINHABILIDADE EM COLATINA - ES


“Do ponto de vista conceitual, a caminhabilidade é uma qualidade do lugar; o caminho que permite ao pedestre uma boa acessibilidade às diferentes partes da cidade, garantido às crianças, aos idosos, às pessoas com dificuldades de locomoção e a todos” (GHIDINI, 2011, p. 22). A população, de forma geral, é diretamente afetada no quesito da qualidade da caminhabilidade de uma cidade, ou bairro, principalmente se levar em conta a situação na qual as calçadas se encontram, espaços esses feitos para dar maior conforto na caminhabilidade da sociedade, influenciando diretamente na qualidade de vida dentro do município, e mesmo sabendo que existe um Plano Diretor na cidade, onde normas para calçadas são estipuladas e que na teoria deveriam ser seguidas, normalmente não é isso o que acontece. Para a coleta de dados foi utilizado fotografias tiradas de diversos pontos do centro da cidade de Colatina, já que a movimentação tanto de pedestres quanto de carros é maior neste local, e por esse fato deveria, obrigatoriamente, atender às necessidades básicas da população referente ao assunto abordado.

 

De acordo com a Figura 1, Colatina tem sim arborização, mas que é feita para os carros e não para as pessoas. Pode-se notar que nas laterais, onde de fato as pessoas caminham, a incidência de luz solar é alta, e isso acontece na maior parte do dia, enquanto que nas estradas, as árvores fazem sombra para os carros que trafegam ali.

                                         

Com relação à Figura 2, a situação é um pouco mais crítica. Como já explicado, as calçadas são de utilidade publica, portanto caminham por elas pessoas de todas as idades, desde crianças e idosos até pessoas portadoras de deficiência física, que necessitam de uma atenção maior. Em Colatina, muitas calçadas são danificadas, ou são estreitas demais, ou são de terra que no caso não tem uma calçada de verdade, ou não atende a sinalização básica de pessoas com necessidades especiais.

                                         

 Nesta última imagem, é possível observar uma melhoria com relação às outras imagens apresentadas. A caminhabilidade é visível; mesmo a imagem do lado esquerdo não apresentar uma calçada mais larga e nem sinalização para pessoas com necessidades especiais, é melhor do que as anteriores, pois possui arborização e está mais preservada. Já a do lado direito, a calçada é larga e tem árvores em todo o seu percurso, mas isso tem um motivo, esta é a Avenida Beira Rio, em Colatina, é uma área que a população utiliza para prática de exercícios físicos como caminhada e outros. Funciona também como ponto de encontro, é de fato um local agradável para passear ou permanecer ali por um tempo, ou seja, esta área foi desenvolvida para este fim, diferente do restante da cidade.

CONCLUSÃO

Os espaços públicos estão sendo cada vez mais danificados ou não estão recebendo a devida importância, sendo criados de qualquer maneira. A cidade de Colatina tem exemplos claros do descaso com a população a respeito das calçadas, da caminhabilidade. Calçadas danificadas principalmente para idosos ou deficientes físicos são um dos maiores problemas, a dificuldade de locomoção é agravada, além de poder causar acidentes, o reparo e manutenção das calçadas é fundamental. Colatina não tem, na maior parte da cidade, calçadas ou áreas de caminhabilidade que são arborizadas, as que têm são feitas para tal fim, entretanto é necessário que qualquer via de circulação de pedestre também seja arborizada e não apenas deixar este privilégio para os carros.
  Portanto, a caminhabilidade de uma cidade, melhora todo o seu fluxo, sendo com relação ao trânsito, economia, saúde, e assim melhorando a qualidade de vida de toda a população, mas para alcançar tal objetivo, deve-se investir em melhorias para estimular as pessoas a terem a prática da caminhada.

REFERÊNCIAS

GHIDINI, Roberto. A Caminhabilidade: Medida Urbana Sustentável. (2011). Disponível em: http://www.antp.org.br/_5dotSystem/download/dcmDocument/2013/01/10/CF0ED9C9-0025-4F55-8F7C-EDCB933E19C4.pdf. Acesso em: 9 junh. 2015.



Grupo:
Caroline Gatti Lievore
Leonardo Oliveira Pires Vargas
Livia Matuchack

domingo, 21 de junho de 2015

Utilização dos Espaços Públicos - Colatina, ES

Espaços públicos, nos dias atuais, estão se tornando espaços de pouco uso, devido a pouca manutenção, a má utilização, degradação e marginalização. Isso faz com que as pessoas procurem outros espaços de lazer e convivência, se confinando em shoppings, cafés, restaurantes, bares, etc. Porém, quando bem conservadas e atrativas, as praças chamam a atenção das pessoas, que passam a frequenta-las, assim tornando o lugar agradável, e refúgio da vida corrida das cidades.
     Tomando como referencia a cidade de Colatina, Espírito Santo, nota- se o uso da Praça Sol Poente, localizada no centro da cidade, rodeada por ruas e alguns pontos principais como o hospital Silvio Ávidos à frente, o fórum no meio da praça e ao fundo, a biblioteca municipal e parte do patrimônio ferroviário da cidade, além de pontos de espera de ônibus. Esta é um dos únicos espaços verdes existentes, sendo usada diariamente para passagem de pessoas nos dias de semana, com exceção a alguns eventos organizados durante o ano.
         
                            
       Nos fins de semana, à noite, acontece a “feirinha”, muito popular na região que reúne famílias e amigos, com eventos musicais, venda de artesanatos e comidas típicas da região.  Ao dia, ao redor, ocorre a feira agrícola a qual reúne um grande número de pessoas. No entanto, em função dos eventos citados, a praça torna-se um ponto de descarte de lixo dos comerciantes.


        Em contradição a ampla utilização da praça aos sábados e domingos, nos dias úteis torna-se deserta, por conta da falta de manutenção e nenhum interesse público em torna-la um lugar atrativo para convivência e uso diário, tendo como consequência a degradação e proliferação da marginalização, agravada pela inexistência de vigilância, que torna a praça, além de ponto de uso de drogas, também abrigo de moradores de rua.


Exemplos disso são o vandalismo contra a academia popular que existia no local, assim tendo que ser inserida em outro espaço devido à impossibilidade de uso e a queima do palco principal que era utilizado para os eventos musicais.


   Pode- se citar exemplares usos de espaços públicos como o High Line, Nova York, onde uma linha de trem antiga e abandonada foi transformada em um parque verde, agradável e elegante, com bancos para leitura, descanso ou até contemplação do entorno da cidade. (FREIRE, Ricardo. Jardim suspenso de Nova York.) Ou também a Praça Dolores Ibarruri, São Paulo, conhecida como Praça das Corujas, que além de ser um sucesso em termos de limpeza, cuidados, manutenção e bom uso do espaço público, criou um projeto conhecido como Horta das Corujas, consistindo na criação de uma horta comunitária experimental, proporcionando um espaço de convívio social e de educação ambiental. (Disponível em <http://www.pracadascorujas.com.br/>)


Outra proposta que chama a atenção é o Movimento Boa Praça, formado por moradores da zona oeste de São Paulo com intenção de ocupar e revitalizar os espaços públicos na cidade, existente desde 2008. Promove ações como oficinas de yoga, de fabricação de pão caseiro, de construção de carrinho de rolimã, de fabricação de detergente natural, de artes, entre muitas outras, além de apresentações de música e de cinema ao ar livre. (Disponível em <http://movimentoboapraca.com.br/>) Exemplos como estes mostram que iniciativas do de poder publico e também das pessoas, tornam os espaços públicos uteis e agradáveis de passar o tempo.
Dentre estas, outras ações como a preocupação com a vigilância contra depredações, violência e uso de drogas, requalificação do espaço, incentivo a ações comunitárias, atividades esportivas, oficinas, educação ambiental, manutenção regular do mobiliário e da iluminação, torna o espaço publico adequado para uso, e faz com que as pessoas queiram estar nele, seja para um momento de distração, estudo, relaxamento, etc.
Vale lembrar que para que isso aconteça é necessário que se tenha a conscientização tanto do poder publico, quanto da população, para que juntos tornem esse espaço um ponto de encontro, lazer e qualidade, trazendo de volta o convívio entre as pessoas, tão prejudicado no mundo atual. 


Grupo:
Mariana Araújo Espanhol
Mariana Chesquini Melotti
Mateus Dal'Col Neves
Milena Viçosa Pina Coradini